quinta-feira, 26 de abril de 2012

NRs 7 (PCMSO) e 17 (ERGONOMIA) NOVOS CRITÉRIOS EM EXAMES ADMISSIONAIS



laboratario-equipado-com-simuladores-virtuais
ufvjm.edu.br
ERGONOMIA E GESTÃO
Os primeiros resultados do NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, evidenciam a importância da ergonomia como ferramenta de gestão em SST. Além disso, novos critérios, incluindo variáveis ergonômicas e testes em simuladores vão sendo adicionados ao espaço dos exames admissionais e periódicos, definindo-se novos critérios de aptidão ao trabalho.

images-31RISCOS ERGONÔMICOS
Analisando-se as estatísticas da Previdência Social, podemos verificar que aumentou consideravelmente as doenças relacionadas com os fatores de risco ergonômicos. É o caso das doenças do sistema osteomuscular, que abrangem todas as lesões causadas por esforços repetitivos (DORT/LER). Nessas doenças o aumento do registro chegou a 588%.
Para os transtornos mentais graves(esquizofrenia), inclusive devido ao uso de drogas e álcool, e que podem ter uma relação com os fatores de risco ergonômico, houve um acréscimo de 2.094%.
No caso de demissão de funcionário portador de incapacidade laborativa por doença profissional, uma ação indenizatória seria facilmente procedente ao empregado já que o NTEP inverte o ônus da prova – ou seja, agora, o empregador é quem tem de provar que não foram as condições de trabalho que geraram a doença ou o acidente no empregado. Dessa forma, cresce de importância a realização correta de exames admissionais e demissionais (NR-7) que deverão ser bastante criteriosos, sob pena de se admitir ou demitir, injustamente, empregado portador de doença ocupacional.
Abaixo, algumas definições:


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NTEP – NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO:
É uma metodologia que consiste em identificar quais doenças e acidentes relacionados com a prática de uma determinada atividade profissional. Com o NTEP, quando o trabalhador contrai uma enfermidade, diretamente relacionada à atividade profissional, fica caracterizado o acidente de trabalho e a empresa poderá ter custos fiscais adicionais.
FAP
O Fator Acidentário de Prevenção é obtido por um cálculo em que as empresas que melhor preservarem a saúde e a segurança de seus trabalhadores tenham descontos em uma contribuição. O FAP é um índice que pode reduzir à metade, ou duplicar, um custo fiscal com base no histórico de doenças ocupacionais e acidentes do trabalho por empresa e incentivará aqueles que investem na prevenção de agravos à saúde do trabalhador.


images-21NR-7 EXAMES ADMISSIONAIS:
NOVOS CRITÉRIOS
O objetivo principal da avaliação médica de aptidão ao trabalho é de certificar-se de que um indivíduo está apto a desempenhar as atividades com eficiência e sem risco para si ou para terceiros. Mesmo que anormalidades sejam detectadas, isso não necessariamente ajuda a prever futuro risco de incapacidade ao trabalho, pois já se conhece a limitada capacidade do médico de “prever” doenças.
A visão moderna é a de que o exame médico pré-admissional deveria ser seletivo e projetado de acordo com o tipo de trabalho a ser realizado. Poderia consistir apenas de um mero questionário, talvez seguido de uma entrevista por uma enfermeira do trabalho, pelo exame físico completo e, se apropriado, pelo exame clínico seletivo (auditivo ou visual), que por sua vez poderia ser complementado com a solicitação de exames laboratoriais se fosse o caso. A investigação desnecessária ou perigosa deve ser evitada. Os raios-x de “rotina”, por exemplo, fornecem achados significativos em apenas 1% dos casos. isso não significa que se deva fazer mais exames laboratoriais ou de imagem, numa infinidade de provas muitas vezes desnecessárias. O Exame Admissional é uma prova de aptidão e não um “check up”, daí a importância da ergonomia nesse processo.


images-6EXAME ADMISSIONAL MULDISCIPLINAR
Estudos indicam a necessidade de avaliações de aptidão que incluam não somente a avaliação da saúde, mas principalmente testes psicológicos e ainda, análises do desempenho do trabalhador em simulações. Na indústria automotiva já existem simuladores para testar a aptidão e manutenção da aptidão de motoristas de cargas, transporte coletivo e operadores de máquinas, utilizando sistemas computacionais. É o mesmo modelo aplicado em simuladores de vôos. Este método pode produzir avaliações mais consistentes sobre a discrepância entre o prescrito e o real na estratégia operatória do trabalhador.

images-12APTIDÃO E VARIABILIDADE EM ERGONOMIA
A variabilidade implica, ainda, em um maior número de formas de realização da tarefa prescrita – ou seja, maior número de configurações possíveis – para a execução da mesma tarefa. A variabilidade é, portanto, entendida como parte do processo de trabalho. O reconhecimento da variabilidade implica na necessidade reconhecer a instabilidade implícita, no sistema homem-trabalho e não é possível eliminá-la totalmente.
Para lidar com a variabilidade, os profissionais em SST precisam empregar sistemáticamente a análise ergonômica do trabalho a fim de identificar quais são as variáveis que o operador busca para compreender os problemas ligados à sua tarefa e estes dados são fundamentais para a melhoria do dispositivo técnico, da organização e do treinamento. As avaliações em simuladores permitem reproduzir de forma repetida a estratégia operatória do trabalhador e assim identificar vulnerabilidades e criatividade.
Há uma tendencia à polivalência dos trabalhadores bem como do aumento da qualificação técnica; isso implica na necessidade de que os profissionais em SST valorizem todas as informações que levem à capacidade de diagnosticar e, portanto de decidir quanto à aptidão nos exames admissionais e periódicos. E isso implica incluir dados ergonômicos ao lado da avaliação clínica tradicional.
No ambiente multidisciplinar do SESMT, não é só o médico que decidirá sobre a aptidão, mas, sobretudo, a avaliação de técnicos ligados à análise ergonômica. Isto não significa discriminar deficiências mas selecionar aptidões que tornem o trabalho mais fácil e agradável para o operador e produtivo para a empresa.
Além disso, é necessário adotar mudanças que se apoiem na criação de programas participativos envolvendo os trabalhadores, no estabelecimento de novos programas e benefícios (incentivos materiais e simbólicos); no apelo de adesão à cultura da organização como forma de “integrar” o trabalhador; na redução dos níveis hierárquicos; no incentivo à produtividade; e na efetivação de programas de treinamento.
CONCLUSÃO
Há um novo perfil produtivo dos trabalhadores, decorrentes, sobretudo, do processo de informatização levando à criação de modelos de gestão no novo ambiente organizacional. A variabilidade implica em uma abordagem multidisciplinar dos postos de trabalho, tarefas, atividades e interpretação dos exames de aptidão.
Os profissionais do SESMT devem incorporar a noção de variabilidade, simuladores e outros princípios ergonômicos durante o processo de admissão de empregados que vai mais além do que a simples informação de APTO em um exame admissional.

NRs 6, 9 e 15: EFEITOS DO STRESS TÉRMICO EM TRABALHADORES


O que leva os trabalhadores a cometerem erros cognitivos
quando a temperatura é maior do que 35°.C?
O artigo abaixo é mais uma tradução do NRFACIL (obtida do site Segurança+Saúde - Safety+Health). O texto responde a uma importante questão sobre o conforto térmico no trabalho, condição essencial para a saúde, segurança e produtividade dos trabalhadores. O assunto tem sido estudado em conexão com o EPI, visto que em alguns casos o EPI, mesmo indicado de forma correta em relação ao risco, não tem levado em consideração o conforto térmico do trabalhador, principalmente em ambientes a céu aberto. O resultado é que, dependendo do EPI, este pode agravar situações de desconforto térmico e causar erros operacionais.
Considerando que o corpo humano depende da evaporação do suor para ter um controle efetivo da temperatura, o uso de um EPI que recobre todo o corpo certamente interfere negativamente na termorregulação corporal. Estudos sobre o meio ambiente e a perda de calor corporal baseiam-se no gradiente de temperatura entre a superfície corporal e o meio ambiente, porém com o uso de vestimenta surge um novo fator de estudo, o espaço de ar resultante da vestimenta e a superfície corporal. No projeto e na fabricação de um EPI não se deve, apenas, considerar o fator de risco, mas também a resposta fisiológica do organismo em função da utilização do EPI, adicionado à condição climática do local onde o trabalho será utilizado. Veja artigo neste Blog sobreO STRESS DO EPI.
Do ponto de vista da saúde ocupacional, deve se considerar ainda que a hipertensão arterial é a segunda maior contra-indicação para trabalhos em altas temperaturas, sendo responsável por 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho, devendo ser dada atenção especial a esse detalhe no PCMSO (NR-7). Finalmente, deve-se mencionar que a OIT recomenda um intervalo de temperatura entre 20-25 graus como o ideal nos ambientes de trabalho.
O que leva os trabalhadores a cometerem erros cognitivos quando a temperatura é maior do que 35°.C?
Scott Gammons, vice president of Adroit Medical Systems Inc.;
Rich Shafer, president of Shafer Enterprises LLC/Cool Shirt.net
Tradução: Prof. Samuel Gueiros, Med Trab Coord NRFACIL
O efeito negativo do stress térmico na performace humana está bem documentada. Pesquisas e testes tem consistentemente provado que em um ambiente em que a temperatura exceda a temperatura normal da pele (30-35°C) causa fadiga mental e exaustão física.
A razão é simples: a pele constitui o sistema primário de ventilação. De fato, 65% do calor gerado pelos nossos corpos escapa ou irradia da nossa pele. Adicionais 25% evaporam através de glandulas que produzem suor em nossa pele. Entretanto, este extraordinário e eficiente sistema de refrigeração é uma faca de dois gumes. A mesma pele que ajuda a nos manter refrigerados é praticamente indefensável contra fontes externas de calor maiores que a nossa própria temperatura corporal. Enquanto o nosso corpo libera calor para fora, ela tambem libera calor para dentro. Assim, qualquer circunstancia ambiental que desequlibre esse balanço natural entre o calor corporal a ventilação ao redor irá rapida e dramaticamente perturbar a habilidade do organismo para funcionar em sua melhor performance.
download1Um Estudo da NASA concluiu que quando a temperatura é de 35°C por um período de tempo mais longo, o indívíduo pode cometer 60 erros por hora – sem se dar conta de que está cometendo esses erros. Quanto a temperatura do ambiente atinge 35 graus, quase a metade do sangue se move para a pele para produzir uma mistura (na forma de transpiração) para tentar um arrefecimento natural. O coração bombeia cerca de 150 vezes por minuto com menos volume para manter o sangue na pele. Isto significa que o resto dos órgãos, inclusive o cérebro e músculos, vão operar somente com a metade do fluxo de sangue que eles normalmente precisam. Isto vai interferir na capacidade mental e habilidades cognitivas e assim provocar emoções, como raiva e até um comportamento agressivo.
Um ambiente ou circunstância que bloqueie a capacidade natural do organismo de liberar o calor interno – inclusive trabalho pesado a céu aberto, condições extremas de trabalho ou qualquer atividade envolvendo roupas de proteção ou equipamento pesado – pode causar stress térmico. Da mesma forma, qualquer ambiente ou circunstância que exponha o corpo a fontes de calor maiores do que 35 graus irá rapidamente causar sobrecarga física e mental. Isto pode acontecer ainda sob baixas temperaturas ao longo de um tempo ou instantaneamente sob condições extremas.
Concluindo, erros cognitivos cometidos por trabalhadores em ambientes com temperatura cima de 35 graus são devidos à inabilidade do organismo de liberar energia interna sob a forma de calor e eventual superaquecimento e desidratação do organismo. Esses dois fatores são responsáveis por reações em cascata de eventos que levam uma pessoa a ficar fisicamente desconfortável e fatigada, ao mesmo tempo com uma diminuição das habilidades de pensar.
3097CALOR, EPI E NRs
Equipe NRFACIL
A questão do calor pode ser analisada sob a perspectiva de 3 NRs: a NR-6 aborda a questão do EPI na proteção de riscos mas não faz referência à utilização do EPI sob condições de desconforto térmico causado pelo próprio EPI. Por exemplo, na coleta de lixo urbano, os trabalhadores utilizam EPI que recobre a maior parte da superfície corporal com tecido impermeável, ocasionando uma interface entre a pele e o meio externo e assim suscetível de produzir desconforto térmico. A própria NR-21, que trata do Trabalho a Céu Aberto, não faz qualquer referência ao EPI utilizado nessa atividade.
Na NR-9 (PPRA) a ênfase recai nas medidas de controle dos riscos ambientais, ficando o EPI como a última opção e é aqui que o profissional do SESMT terá de ser criativo para considerar o conflito entre a proteção ao risco obtida com alguns EPI e o desconforto térmico resultante de sua utilização.
imagesNa NR-15, estabelecem-se regras quantitativas na perícia para verificação de insalubridade em relação ao calor (veja no infográfico abaixo, extraido da pasta da NR-15); ao clicar na pasta e abrir o remissivo, seleciona-se o Anexo 3 sobre o limite de tolerância para a exposição ao calor e no quadro menor as regras para se caracterizar a insalubridade em relação a esse risco. Logo abaixo, o resultado de cálculos para a caracterização da insalubridade, dependendo do tipo de trabalho desenvolvido.

Proteção com as mãos..

domingo, 22 de abril de 2012

Primeiros socorros..Corpo de Bombeiros. Video.. "ao vivo"


Este flagrante foi feito por  mim a dois meses atraz. Este homem caiu de bicicleta e bateu violentamente a cabeça em uma barra de ferro que se encontrava na margem da ciclovia, não sei porque  aquela barra  estava ali. A mesma  não aparece na imagem.O senhor que aparentava ter uns 45 anos ficou inconsciente por cerca de 20 minutos.
Logo foi acionado o corpo de bombeiros que chegou minutos depois ao local.
Foram feitos os primeiros socorros de maneira adequada, com muito profissionalismo por parte dos bombeiros até o resgate do SAMU chegar ao local do acidente..
Quero parabenizar aquela aquipe do corpo de bombeiros que naquela manhã de segunda- feira salvou a vida de mais um cidadão.


Comenta o video aí pessoal...
vlw..

terça-feira, 3 de abril de 2012

O lado perigoso do celular

Nunca atulize o celular quando for abastecer o seu veiculo, respeite sempre as placas de advertencia, caso contrario você poderá ser a proxima vitima!...