quinta-feira, 15 de março de 2012

Segurança no Lar - Acidentes que podem ser evitados !

Segurança no Lar 

Uma Casa à prova de Quedas

Verifique constantemente as condições de segurança de sua casa. Não hesite em fazer consertos e melhorias, assegurando-se das seguintes condições:
Corrimão em todas as escadas;
Fita antiderrapante na beirada de cada degrau da escada;
Barra de segurança no box do banheiro;
Grade de proteção no alto da escada, se houver crianças em casa;
Piso antiderrapante na cozinha, no banheiro e nas áreas de serviço;
Iluminação adequada em banheiros, escadas, acesso a garagem, etc.;
Tacos e carpetes bem colados no piso.

Prevenindo Acidentes

Antes de lavar ou encerar qualquer piso, avise as pessoas da casa ou bloqueio o acesso ao local (com uma cadeira, por exemplo). Se houver uma faxineira, peça-lhe para fazer o mesmo.
Ao lavar ou encerar pisos, utilize calçado adequado, que não escorregue.
Utilize tapete de borracha antiderrapante no box do banheiro. O piso e o tapete devem ser esfregados frequentemente, pois o acúmulo de resíduos pode torná-los escorregadios.
Não deixe tapetes soltos nas escadas.
Acostume seus filhos a não deixar brinquedos espalhados pela casa. Se o espaço é pouco, delimite uma área para os brinquedos.
Não deixe os fios de instalação elétrica soltos. Não deixe fios (elétricos, de telefone) estendidos em áreas de passagem.
Ensine seus filhos a não correr quando estão carregando objetos contundentes.
Não deixe para depois o conserto de tacos soltos, carpetes descolados, pisos esburacados.
Não suba em escada móvel sem antes verificar seu estado. Não converse nem se distraia quando estiver em cima de uma dessas escadas, e evite movimentos bruscos. Não permita que as crianças utilizem esse tipo de escada. 

Fontes de queimaduras

Fique atento a várias situações domésticas que podem causar acidentes envolvendo queimaduras. Evitá-las é de sua total responsabilidade.
Álcool - Bisnagas ou garrafas plásticas contendo álcool são verdadeiras bombas. Evite-as. Se não houver outro modo, mantenha-as longe do fogo e fora do alcance das crianças.
Gás - Vazamentos de gás não devem ser verificados com o uso de fósforos.
Passe espuma de sabão no local suposto; se borbulhar é porque existe vazamento. Usando fósforos, se houver vazamento grande, poderá ocorrer explosão e incêndio.
Fogo - Se você ou alguém de sua família sofre de epilepsia ou outra doença que provoca ataques convulsivos, evite ficar perto do fogo. Mantenha as crianças afastadas de fogões e fogueiras.
Mesa - Cuidado com os pratos quentes colocados sobre a mesa. Fique atento às crianças pequenas, que podem puxar a toalha, entornando líquidos quentes sobre si mesmas.
Gasolina - Evite fumar ao lidar com gasolina. Cuidado também com os fósforos acesos. Não armazene gasolina e nenhum outro líquido inflamável em casa.

Material Combustível

Os tecidos sintéticos são muito usados hoje em dia para confecção de tapetes, carpetes, cortinas, colchas, forrações de estofados e roupas. Eles são altamente inflamáveis. Se não puder evitá-los, tome todo cuidado para que não entre em contato com o fogo. Basta uma simples fagulha para o fogo se alastrar em poucos segundos.
Não use avental de plástico ou blusão de nailon quando estiver cozinhando.
Não deixe vasilhames ou talheres de plástico em cima do fogão.
Nunca deixe uma panela com óleo esquentando no fogo enquanto vai fazer outras coisas.
O gás de cozinha é altamente inflamável. Por isso, verifique sempre se não há vazamentos.
Nunca derreta cera no fogo.
Guarde todo material inflamável e de limpeza em lugar seguro, arejado e afastado do fogo.
Nunca armazene gasolina em casa. O risco é muito grande.
Evite acumular objetos fora de uso (jornais, pneus, roupas velhas, caixas de papelão vazias, etc.), pois podem facilitar a propagação do fogo.
Antes de sair de casa, verifique:
Se o gás está desligado;
Se o ferro de passar está desligado;
Se os cigarros estão apagados nos cinzeiros.

Cigarros

Nunca fume na cama.
Nunca fume se estiver com muito sono e relaxado diante da televisão.
Nunca fume ao encerar a casa ou lidar com álcool, parafina, solventes ou materiais de limpeza em geral.
Não use cinzeiros muito rasos. Utilize cinzeiros fundos, que protegem mais o cigarro, evitando que uma cortina esbarre nele ou que caia por descuido no tapete.
Antes de despejar o conteúdo do cinzeiro no lixo, certifique-se de que os cigarros estão bem apagados.
Nunca jogue um cigarro aceso em qualquer tipo de lixeira.

Acidentes acontecem no Banheiro

As quedas são acidentes mais comuns. A causa é simples: a maioria dos banheiros tem piso escorregadio, que frequentemente se encontra úmido.
Muitas quedas, e até afogamentos, são registrados em banheiras. No banheiro podem ocorrer também choques elétricos, queimaduras por água quente, além de cortes com giletes e navalhas.
O uso de tapetes de borracha ou tiras antiderrapantes no fundo das banheiras ou sobre o piso do box dos chuveiros evita acidentes.
Pessoas idosas e deficientes físicas correm maior risco de sofrer quedas. A instalação de barras de ferro junto ao vaso sanitário e ao box do chuveiro pode prevenir quedas.
Não deixe sabonetes e vidros de xampu jogados no piso do box ou na banheira.
Ninguém está livre de uma queda. Mas você pode preveni-la, tomando alguns cuidados.

Intoxicação por Cosméticos ou Medicamentos

Para evitar este tipo de intoxicação, observe à risca as recomendações abaixo:
Conserve artigos de limpeza, cosméticos e remédios fora do alcance das crianças.
Guarde os produtos num armário trancado á chave.
Evite misturá-los no mesmo compartimento.
Todos os produtos de limpeza e remédios devem estar bem identificados.
Se os rótulos forem danificados, providencie novas identificações.
Destrua os remédios que estão fora de uso. Derrame os líquidos no vaso sanitário e puxe a descarga; dissolva os comprimidos e faça o mesmo.
Não deixe que suas filhas pequenas brinquem com cosméticos. Muitas vezes um produto que é inofensivo ao adulto traz graves malefícios a uma criança.
No caso de ingestão de qualquer produto, procure o médico.

Asfixia

A falta de ar é o sintoma principal da asfixia, mas, além disso, as batidas do coração se aceleram e a pele em volta da boca e em baixo das unhas fica arroxeada.
Conforme o caso, podem ocorrer também convulsões, contrações musculares e desmaios.

O que pode causar a Asfixia:

afogamento;
grande traumatismo do tórax;
envenenamento por drogas ou gases;
enforcamento;
choque elétrico;
qualquer bloqueio da vias respiratórias.
Se não tiver socorro imediato, a pessoa asfixiada morre. Por isso, é importante que você saiba que medidas tomar até que seja possível conseguir o atendimento médico.
As crianças são as principais vítimas de asfixia. Em geral, a asfixia infantil é decorrência de brincadeiras inocentes e desconhecimento ou falta de controle da situação.
Veja como socorrer uma criança asfixiada:
Identifique a causa da asfixia.
Aja com rapidez.
Você tem no máximo 5 minutos para fazer com que a criança volte a respirar.

Engasgo

Segure a criança por trás, pela cintura. Suspenda-a no ar, de forma que o tronco, os braços e a cabeça fiquem curvados para baixo.
Com uma das mãos, mantenha-a nesta posição. Coloque a outra mão acima do umbigo da criança e aperte rapidamente o punho contra o estômago dela.
Repita o movimento até que o corpo estranho seja expelido pela boca.

Corpos Estranhos no Nariz

Tente fazer a criança respirar pela boca e segurar o ar nos pulmões.
Aperte a narina desobstruída e peça para a criança assoar.
Esta manobra requer a colaboração da criança, o que nem sempre é possível.
Se o objeto não for expelido ou se a criança não colaborar, não insista. Leva-a imediatamente ao pronto-socorro mais próximo.

Aspiração de Vômito

Ao vomitar, a criança pode aspirar o próprio vômito, que vai para os pulmões.
Deite a criança de lado. A cabeça deve ficar mais baixa que o corpo.
Com os dedos, tape as duas narinas da criança.
Coloque a sua boca na dela e aspire forte até retirar o máximo de vômito dos pulmões.
Não deixe a criança deitar de costas.
Leve-a ao pronto-socorro mais próximo.
É natural que esta manobra provoque nojo em algumas pessoas. Mas lembre-se de que você está salvando uma vida, portanto, controle-se.

Saco Plástico

É comum as crianças enfiarem a cabeça em sacos plásticos por brincadeira, muitas vezes provocando sua própria asfixia.
Retire o saco rapidamente, rasgando-o com as mãos.
Cuidado para não machucar a criança.
Deite a criança de costas, coloque uma da mãos sob o pescoço e outra sobre a testa, levando a cabeça para trás.
Inicie a respiração boca a boca.
Com os dedos da mão que está sobre a testa, tape as narinas da criança, coloque sua boca aberta sobre a dela e sopre com força. Ao perceber que o peito da criança se expande, tire a boca para que o ar seja expelido.
Repita a manobra até a respiração se normalizar.
Lembre-se. Você é responsável pela segurança de seus filhos.
Vigie permanentemente os bebês e as crianças menores para que não se engasguem ou sufoquem.
Alerte as crianças maiores sobre o perigo de determinadas brincadeiras, que podem provocar asfixia.
Não perca seus filhos de vista quando estiverem na piscina, na praia, na represa, etc., mesmo se eles já souberem nadar.
Vale o velho ditado: É melhor prevenir do que remediar.
 

Dois Conselhos Úteis

  1. Se notar vazamento de gás em sua casa, evite respirar até conseguir ventilar o ambiente . O gás pode provocar a asfixia.
  2. Não ligue o motor do carro num local fechado, sem ventilação. O monóxido de carbono expelido pelo carro é tóxico e pode matar.

Vazamento de Gás - Como Proceder em casos de Emergência

Vazamento de gás "sem fogo"

Feche o registro de gás.
Afaste as pessoas de local.
Não acione interruptores de eletricidade.
Desligue a chave geral de eletricidade somente se ela estiver fora da residência.
Não fume nem acenda fósforos ou isqueiros.
Se ocorrer em ambiente fechado, abra portas e janelas.
Entre em contato com a empresa distribuidora de gás e, em casos mais graves, com o Corpo de Bombeiros.

Vazamento de gás "com fogo"

Se possível, feche o registro de gás.
Afaste as pessoas do local.
Desligue a chave geral da eletricidade.
Retire do local os materiais combustíveis que puder.
Chame o Corpo de Bombeiros.

quarta-feira, 14 de março de 2012

NR 20 - Liquidos Inflamáveis (Combustíveis ou não) MOPP


 

 

NR 20 - Líquidos combustíveis e inflamáveis (120.000-3)



20.1 Líquidos combustíveis.

20.1.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora - NR fica definido "líquido combustível" como todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70ºC (setenta graus centígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e três graus e três décimos de graus centígrados).

20.1.1.1. O líquido combustível definido no item 20.1.1 é considerado líquido combustível da Classe III.

20.1.2 Os tanques de armazenagem de líquidos combustíveis serão construídos de aço ou de concreto, a menos que a característica do líquido requeira material especial, segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. (120.001-1 / I3)

20.1.3 Todos os tanques de armazenamento de líquidos combustíveis, de superfície ou equipados com respiradouros de emergência, deverão ser localizados de acordo com a Tabela A. (120.002-0)


TABELA A

CAPACIDADE
DO TANQUE (litros)
DISTÂNCIA MÍNIMA DO TANQUE
À LINHA DE DIVISA A
PROPRIEDADE ADJACENTE
DISTÂNCIA MÍNIMA
DO TANQUE ÀS
VIAS PÚBLICAS
Acima de 250 até 1.0001,5 m1,5 m
Acima de 1.001 até 2.8003 m1,5 m
Acima de 2.801 até 45.0004,5 m1,5 m
Acima de 45.001 até 110.0006 m1,5 m
Acima de 110.001 até 200.0009 m3 m
Acima de 200.001 até 400.00015 m4,5 m
Acima de 400.001 até 2.000.00025 m7,5 m
Acima de 2.000.001 até 4.000.00030 m10,5 m
Acima de 4.000.001 até 7.500.00040 m13,5 m
Acima de 7.500.001 até 10.000.00050 m16,5 m
Acima de 10.000.001 ou mais52,5 m18 m
Acima de 10.000.001 ou mais52,5 m18 m

20.1.4 A distância entre 2 (dois) tanques de armazenamento de líquidos combustíveis não deverá ser inferior a 1,00m (um metro). (120.003-8 / I3)

20.1.5 O espaçamento mínimo entre 2 (dois) tanques de armazenamento de líquidos combustíveis diferentes, ou de armazenamento de qualquer outro combustível, deverá ser de 6,00m (seis metros). (120.004-6 / I3)

20.1.6 Todos os tanques de superfície deverão ter dispositivos que liberem pressões internas excessivas, causadas pela exposição à fonte de calor. (120.005-4 / I3)

20.2. Líquidos inflamáveis.

20.2.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido "líquido inflamável" como todo aquele que possua ponto de fulgor inferior a 70ºC (setenta graus centígrados) e pressão de vapor que não exceda 2,8 kg/cm2 absoluta a 37,7ºC (trinta e sete graus e sete décimos de graus centígrados).

20.2.1.1 Quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor abaixo de 37,7ºC (trinta e sete graus e sete décimos de graus centígrados), ele se classifica como líquido combustível de Classe I. 

20.2.1.2. Quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor superior a 37.7ºC (trinta e sete graus e sete décimos de graus centígrados)e inferior a 70ºC (setenta graus centígrados), ele se classifica como líquido combustível da Classe II. 

20.2.1.3. Define-se líquido "instável" ou "líquido reativo", quando um líquido na sua forma pura, comercial, como é produzido ou transportado, se polimerize, se decomponha ou se condense, violentamente, ou que se torne auto-reativo sob condições de choque, pressão ou temperatura. 

20.2.2 Os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis serão constituídos de aço ou concreto, a menos que a característica do líquido requeira material especial, segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. (120.006-2 / I3) 

20.2.3 Todos os tanques de superfície usados para armazenamento de líquidos inflamáveis ou equipados com respiradouros de emergência deverão ser localizados de acordo com a Tabela A do item 20.1.3 e a Tabela B: (120.007-0 / I3)
 
TABELA B

TIPO DETANQUE
PROTEÇÃO
DISTÂNCIA MÍNIMA DO TANQUE À LINHA DE DIVISA DA PROPRIEDADE ADJACENTE
DISTÂNCIA MÍNIMA DO TANQUE ÀS VIAS PÚBLICAS
Qualquer tipo
Proteção contra exposição
Uma e meia vezes as distâncias da Tabela "A", mas nunca inferior a 7,5m
Uma e meia vezes as distâncias da Tabela "A", mas nunca inferior a 7,5m
Nenhuma
Uma e meia vezes as distâncias da Tabela "A", mas nunca inferior a 7,5m
Três vezes as distâncias da Tabela "A", mas nunca inferior a 15m


20.2.4 O distanciamento entre tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis instalados na superfície deverá obedecer ao disposto nos itens 20.1.4 e 20.1.5. (120.008-9 / I3) 

20.2.5Todos tanques de superfície utilizados para o armazenamento de líquidos instáveis deverão ser localizados de acordo com a Tabela A do item 20.1.3 e a Tabela C: (120.009-7 / I3)


TABELA C

TIPO DE TANQUE
PROTEÇÃO
DISTÂNCIA MÍNIMA DO TANQUE À LINHA DE DIVISA DA PROPRIEDADE
DISTÂNCIA MÍNIMA DO TANQUE ÁS VIAS PÚBLICAS
Horizontal ou vertical com respiradouros de emergência que permitam pressões superiores a 0,175 kg/cm2 manométricas (2,5 psig)
Neblina de água ou inertizado ou isolado e resfriado ou barricadas
As mesmas distâncias da Tabela "A", mas nunca menos de 7,5m
Nunca menos de 7,5m
Proteção contra exposição
Duas vezes e meia a distância da Tabela "A", mas nunca menos de 15m
Nunca menos de 15m
Nenhuma
Cinco vezes a distância da Tabela "A", mas nunca menos de 30m
Nunca menos de 30m
Neblina de água ou inertizado ou isolado e resfriado ou barricadas
Duas vezes a distância da Tabela "A", mas nunca menos de 15m
Nunca menos de 15m
Proteção contra exposição
Quatro vezes a distância da Tabela "A", mas nunca menos de 30m
Nunca menos de 30m
Nenhuma
Oito vezes a distância da Tabela "A", mas nunca menos de 45m
Nunca menos de 45m


20.2.6 Os tanques que armazenam líquidos inflamáveis, instalados enterrados no solo, deverão obedecer aos seguintes distanciamentos mínimos: 

a) 1,00m (um metro) de divisas de outras propriedades; (120.010-0 / I3) 

b) 0,30m (trinta centímetros) de alicerces de paredes, poços ou porão. (120.011-9 / I3) 

20.2.7 Os tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis somente poderão ser instalados no interior de edifícios sob a forma de tanques enterrados. (120.012-7 / I3) 

20.2.8 Os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis deverão ser equipados com respiradouros de pressão e vácuo ou corta-chamas. (120.013-5 / I3) 

20.2.9 Os respiradouros dos tanques enterrados deverão ser localizados de forma que fiquem fora de edificações e no mínimo a 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) de altura do nível do solo. (120.014-3 / I3) 

20.2.10 Todos os tanques de superfície deverão ter dispositivos que liberem pressões internas excessivas, causadas pela exposição à fonte de calor. (120.015-1 / I3) 

20.2.11 Todos os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis deverão ser aterrados segundo recomendações da Norma Regulamentadora - NR 10. (120.016-0 / I2) 

20.2.12 Para efetuar-se o transvazamento de líquidos inflamáveis de um tanque para outro, ou entre um tanque e um carro-tanque, obrigatoriamente os dois deverão estar aterrados como no item 20.2.11, ou ligados ao mesmo potencial elétrico. (120.017-8 / I2) 

20.2.13. O armazenamento de líquidos inflamáveis dentro do edifício só poderá ser feito com recipientes cuja capacidade máxima seja de 250 (duzentos e cinqüenta) litros por recipiente. (120.018-6 / I3) 

20.2.14 As salas de armazenamento interno deverão obedecer aos seguintes itens: 

a) as paredes, pisos e tetos deverão ser construídos de material resistente ao fogo e de maneira que facilite a limpeza e não provoque centelha por atrito de sapatos ou ferramentas; (120.019-4 / I3) 

b) as passagens e portas serão providas de soleiras ou rampas com pelo menos 0,15m (quinze centímetros) de desnível, ou valetas abertas e cobertas com grade de aço com escoamento para local seguro; (120.020-8 / I3) 

c) deverá ter instalação elétrica apropriada à prova de explosão, conforme recomendações da Norma Regulamentadora - NR 10; (120.021-6 / I3) 

d) deverá ser ventilada, de preferência com ventilação natural; (120.022-4 / I3) 

e) deverá ter sistema de combate a incêndio com extintores apropriados, próximo à porta de acesso; (120.023-2 / I3) 

f) nas portas de acesso, deverá estar escrito de forma bem visível "Inflamável" e "Não Fume". (120.024-0 / I3) 

20.2.15 Os compartimentos e armários usados para armazenamento de combustíveis inflamáveis, localizados no interior de salas, deverão ser construídos de chapas metálicas e demarcados com dizeres bem visíveis "Inflamável". (120.025-9 / I3) 

20.2.16 O armazenamento de líquidos inflamáveis da Classe I, em tambores com capacidade até 250 (duzentos e cinqüenta) litros, deverá ser feito em lotes de no máximo 100 (cem) tambores. (120.026-7 / I3) 

20.2.16.1 Os lotes a que se refere o item 20.2.16, que possuam no mínimo 30 (trinta) e no máximo 100 (cem) tambores, deverão estar distanciados, no mínimo, 20,00m (vinte metros) de edifícios ou limites de propriedade. (120.027-5 / I3) 

20.2.16.2 Quando houver mais de um lote, os lotes existentes deverão estar distanciados entre si, de no mínimo 15,00m (quinze metros). (120.028-3 / I3) 

20.2.16.3 Deverá existir letreiro com dizeres "Não Fume" e "Inflamável" em todas as vias de acesso ao local de armazenagem. (120.029-1 / I3) 

20.2.17 Nos locais de descarga de líquidos inflamáveis, deverá existir fio terra apropriado, conforme recomendações da Norma Regulamentadora - NR 10, para se descarregar a energia estática dos carros transportadores, antes de efetuar a descarga do líquido inflamável. (120.030- 5 / I2) 

20.2.17.1 A descarga deve se efetuar com o carro transportador ligado à terra. (120.031-3 / I2) 

20.2.18. Todo equipamento elétrico para manusear líquidos inflamáveis deverá ser especial, à prova de explosão, conforme recomendações da Norma Regulamentadora - NR 10. (120.032-1 / I4) 

20.3. Gases Liquefeitos de Petróleo - GLP. 

20.3.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido como Gás Liqüefeito de Petróleo - GLP o produto constituído, predominantemente, pelo hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno. 

20.3.2 Os recipientes estacionários, com mais de 250 (duzentos e cinqüenta) litros de capacidade, para armazenamento de GLP serão construídos segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. (120.033-0/I3) 

20.3.2.1 A capacidade máxima permitida para cada recipiente de armazenagem de GLP, será de 115.000 (cento e quinze mil) litros, salvo instalações de refinaria, terminal de distribuição ou terminal portuário. (120.034-8 / I2) 

20.3.3 Cada recipiente de armazenagem de GLP deverá ter uma placa metálica, que deverá ficar visível depois de instalada, com os seguintes dados escritos de modo indelével: 

a) indicação da norma ou código de construção; (120.035-6 / I1) 

b) as marcas exigidas pela norma ou código de construção; (120.036-4 / I1) 

c) indicação no caso afirmativo, se o recipiente foi construído para instalação subterrânea; (120.037-2 / I1) 

d) identificação do fabricante; (120.038-0 / I1) 

e) capacidade do recipiente em litros; (120.039-9/I1) 

f) pressão de trabalho; (120.040-2 / I1) 

g) identificação da tensão de vapor a 38ºC (trinta e oito graus centígrados) que seja admitida para os produtos a serem armazenados no recipiente; (120.041-0 / I1) 

h) identificação da área da superfície externa, em m2 (metros quadrados). (120.042- 9 / I1) 

20.3.4 Todas as válvulas diretamente conectadas no recipiente de armazenagem deverão ter uma pressão de trabalho mínima de 18 Kg/cm2. (120.043-7 / I2) 

20.3.4.. Todas as válvulas e acessórios usados nas instalações de GLP serão de material e construção apropriados para tal finalidade e não poderão ser construídos de ferro fundido. (120.044-5 / I2) 

20.3.5 Todas as ligações ao recipiente, com exceção das destinadas às válvulas de segurança e medidores de nível de líquido, ou as aberturas tamponadas, deverão ter válvula de fechamento rápido próximo ao recipiente. (120.045-3 / I2) 

20.3.6 As conexões para enchimento, retirada e para utilização do GLP deverão ter válvula de retenção ou válvula de excesso de fluxo. (120.046-1/I2) 

20.3.7 Todos os recipientes de armazenagem de GLP serão equipados com válvulas de segurança. (120.047-0 / I3) 

20.3.7.1 As descargas das válvulas de segurança serão afastadas no mínimo 3,00m (três metros) da abertura de edificações situadas em nível inferior à descarga. (120.048-8/I2) 

20.3.7.2 A descarga será através de tubulação vertical, com o mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de altura acima do recipiente, ou do solo quando o recipiente for enterrado. (120.049-6 / I2) 

20.3.8 Os recipientes de armazenagem de GLP deverão obedecer aos seguintes distanciamentos: 

20.3.8.1 Recipientes de 500 (quinhentos) a 8.000 (oito mil) litros deverão estar distanciados entre si de no mínimo 1,00m (um metro). (120.050-0 / I2) 

20.3.8.2 Recipientes acima de 8.000 (oito mil) litros deverão estar distanciados entre si de no mínimo 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros). (120.051-8 / I2) 

20.3.8.3 Os recipientes com mais de 500 (quinhentos) litros deverão estar separados de edificações e divisa de outra propriedade segundo a Tabela D: (120.052-6 / I2).


TABELA D
CAPACIDADE DE RECIPIENTE (C)AFASTAMENTO MÍNIMO (M)
de 500 a 2.0003,0
de 2.000 a 8.0007,5
acima de 8.00015,0


20.3.8.4 Deve ser mantido um afastamento mínimo de 6,00 (seis metros) entre recipientes de armazenamento de GLP e qualquer outro recipiente que contenha líquidos inflamáveis. (120.053-4 / I2) 

20.3.9 Não é permitida a instalação de recipientes de armazenamento de GLP, sobre laje de forro ou terraço de edificações, inclusive de edificações subterrâneas. (120.054-2 / I4) 

20.3.10 Os recipientes de armazenagem de GLP serão devidamente ligados à terra conforme recomendações da Norma Regulamentadora - NR 10. (120.055-0 / I2) 

20.3.11 Os recipientes de armazenagem de GLP enterrados não poderão ser instalados sob edificações. (120.056-9 / I4) 

20.3.12 As tomadas de descarga de veículo, para o enchimento do recipiente de armazenamento de GLP, deverão ter os seguintes afastamentos: 

a) 3,00m (três metros) das vias públicas; (120.057-7 / I2) 

b) 7,50m (sete metros e cinqüenta centímetros) das edificações e divisas de propriedades que possam ser edificadas; (120.058-5 / I2) 

c) 3,00m (três metros) das edificações das bombas e compressores para a descarga. (120.059-3 / I2) 

20.3.13 A área de armazenagem de GLP, incluindo a tomada de descarga e os seus aparelhos, será delimitada por um alambrado de material vazado que permita boa ventilação e de altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros). (120.060-7 / I2) 

20.3.13.1 Para recipiente de armazenamento de GLP enterrado, é dispensável a delimitação de área através de alambrado. 

20.3.13.2 O distanciamento do alambrado dos recipientes deverá obedecer aos distanciamentos da Tabela E: (120.061-5/I2)


TABELA E
CAPACIDADE
DE RECIPIENTE (C)
DISTÂNCIA MÍNIMA ENTRE
O ALAMBRADO E O RECIPIENTE (M)
até 2.000
1,5
de 2.000 a 8.000
3,0
acima de 8.000
7,5


20.3.13.3 O alambrado deve distar no mínimo 3,00m (três metros) da edificação de bombas ou compressores, e 1,50m (um metro e cinqüenta c entímetros) da tomada de descarga. (120.062-3 / I2) 

20.3.13.4 No alambrado, deverão ser colocadas placas com dizeres "Proibido Fumar" e "Inflamável" de forma visível. (120.063-1 / I2) 

20.3.13.5 Deverão ser colocados extintores de incêndio e outros equipamentos de combate a incêndio, quando for o caso, junto ao alambrado. (120.064-0 / I3) 

20.3.14 Os recipientes transportáveis para armazenamento de GLP serão construídos segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. (120.065-8/I3) 

20.3.15 Não é permitida a instalação de recipientes transportáveis, com capacidade acima de 40 (quarenta) litros, dentro de edificações. (120.066-6 / I4) 

20.3.15.1.Para o disposto no item 20.3.15, excetuam-se as instalações para fins industriais, que deverão obedecer às normas técnicas oficiais vigentes no País. 

20.3.16 O GLP não poderá ser canalizado na sua fase líquida dentro de edificação, salvo se a edificação for construída com as características necessárias, e exclusivamente para tal finalidade. (120.067-4 / I3) 

20.3.17. O GLP canalizado no interior de edificações não deverá ter pressão superior a 1,5 kg/cm2. (120.068-2 / I3) 

20.4 Outros gases inflamáveis. 

20.4.1 Aplicam-se a outros gases inflamáveis, os itens relativos a Gases Liquefeitos de Petróleo - GLP, à exceção de 20.3.1 e 20.3.4.

terça-feira, 13 de março de 2012

Trabalho em Espaços Confinados - Video Educacional.

Riscos no Trabalho em Silos e Armazéns.

Riscos em Silos


silo
Os silos e os armazéns são construções indispensáveis ao armazenamento da produção agrícola e influem decisivamente na sua qualidade e preço. Entretanto, por sua dimensão e complexidade, podem ser fonte de vários e graves acidentes do trabalho. Por serem os silos locais fechados, enclausurados, perigosos e traiçoeiros, são conhecidos como espaços confinados e são objeto da NR33 - Espaços Confinados, da NBR 14.787 da ABNT e de alguns itens da NR 18 - Construção Civil do MTE. A Revista Proteção (N.181, janeiro de 2007, p.63) apresenta um excelente artigo de Ary de Sá (Eng.de Seg. e especialista em ventilação industrial e controle de riscos ambientais com poeiras explosiva) intitulado Efeito devastador, sobre explosões em locais onde existe muita poeira acumulada.
Essas explosões ocorrem frequentemente em instalações agrícolas ou industriais onde são processados:
a) farinhas = de trigo, milho, soja, cereais, etc.; e
b) particulados = acúcar, arroz, chá, cacau, couro, carvão, madeira, enxofre, magnésio, eletrometal (ligas), etc.

O milho é considerado um dos grãos mais voláteis e perigosos, embora toda poeira de grãos possa ser tida como MUITO PERIGOSA. Na Agricultura, existem ainda os chamados espaços confinados móveis: os tanques que são levados para o campo, onde são armazenados os agrotóxicos usados na lavoura; e os caminhões-tanque transportadores de combustível ou de água (carros-pipa).
Exemplos de espaços confinados que podem ser encontrados nas diversas atividades ligadas à agroindústria são: tonéis (de vinho/aguardente, p.ex.), reatores, colunas de destilação, vasos, cubas, tinas, misturadores, secadores, moinhos, depósitos e outros.
Um espaço confinado apresenta sérios riscos com danos à saúde, sequelas e morte. São riscos físicos, químicos, ergonômicos, biológicos e mecânicos e são uma triste realidade no Brasil inteiro.
Vejamos alguns dos riscos dos acidentes em Silos e Armazéns agrícolas:
  •   1 - explosões;
  •   2 - problemas ergonômicos;
  •   3 - lesões do trato respiratório (poeiras) e do globo ocular;
  •   4 - riscos físicos (ruído, iluminação, umidade, vibrações, etc.); e
  •   5 - acidentes em geral (quedas, sufocamento, etc.).
Riscos de explosões


moega
As indústrias que processam produtos alimentícios e as unidades armazenadoras de grãos, apresentam alto potencial de risco de incêndios e explosões, pois o trabalho nessas unidades consiste basicamente em receber os produtos, armazenar, transportar e descarregar. O processo inicia com a chegada dos caminhões graneleiros e ao descarregar seu produto nas moegas, produzem uma enorme núvem de poeira, em condições e concentrações propícias a uma explosão.
explosão
O acúmulo de poeiras no local de trabalho, depositada nos pisos, elevadores, túneis e transportadores, apresentam um risco de incêndio muito grande. Isso ocorre quando, uma superfície de poeira de grãos é aquecida até o ponto de liberação de gases de combustão que, com o auxílio de uma fonte de ignição com energia, dá início ao incêndio. Além disso, a decomposição de grãos pode gerar vapores inflamáveis; se a umidade do grão for superior a 20%, poderá gerar metanol, propanol ou butanol. Os gases metano e etano, também produzidos pela decomposição de grãos, são igualmente inflamáveis e podem gerar explosões.
A poeira depositada ao longo do tempo, quando agitada ou colocada em suspensão e na presença de uma chama, poderá explodir, causando vibrações subsequentes pela onda de choque; isto fará com que mais pó depositado no ambiente entre em suspensão e mais explosões aconteçam. Cada qual mais devastadora que a anterior, causando prejuizos irreversíveis ao patrimônio, paradas no processo produtivo e o pior, vidas humanas são ceifadas ou ficam permanentemente incapacitadas para o trabalho.
explosímetro
Nos Estados Unidos, que estudam as explosões de poeira de grãos há mais tempo, recomenda-se que a concentração máxima de poeira de grãos no ambiente de trabalho seja de 4 g/m3 de ar. A faixa mais perigosa para gerar uma explosão, varia entre 20 e 4.000 g/m3 de ar. Se uma lâmpada de bulbo (incandescente) de 25 watts pode ser vista a 2 m de distância num ambiente empoeirado, isso significa que a concentração de poeira é inferior a 40 g/m3 de ar mas, mesmo assim, dentro do limite da explosividade. Foi criado nos Estados Unidos um equipamento experimental para testar peiras explosivas, com sensores diversos que permitem conhecer as características das peiras explosivas. Nesta página há, inclusive, uma simulação de explosão (clipe) com o dispositivo mostrado acima.
medidor
Para o trabalho em espaços confinados, existem pequenos aparelhos (como o da foto ao lado) que indicam a concentração de gases perigosos no interior dos silos (e demais espaços confinados), que dão segurança ao operário que vai adentrar esse recinto.
Há umas poucas REGRAS BÁSICAS a observar para ver se uma determinada poeira apresenta RISCO DE EXPLOSÃO:
> a poeira deve ser combustível;
> ela deve ser capaz de permanecer em suspensão no ar;
> deve ter um arranjo e tamanho passível de propagar a chama;
> a concentração da poeira deve estar dentro da faixa explosiva;
> uma fonte de ignição com energia suficiente deve estar presente; e
> a atmosfera deve conter oxigênio suficiente para suportar e sustentar a combustão.
Se todas essas condições estiverem presentes, pode ocorrer a explosão da poeira. A melhor maneira de evitá-la é anular a maior parte dessas pré-condições.
PARÂMETROS CRÍTICOS PARA A EXPLOSÃO DE POEIRAS

  1.   tamanho da partícula: < 0,1 mm;
  2.   concentração da poeira: 40 a 4.000 g/m3;
  3.   teor de umidade do grão: <11 %;
  4.   índice de oxigênio no ar: > 12%;
  5.   energia de ignição: > 10 a 100 mJ (mega Joule); e
  6.   temperatura de ignição: 410 a 600oC.
ignição
Outras temperaturas de ignição da núvem, adotadas nos EUA (NFPA, Revista Proteção N.181) para poeiras agrícolas, em graus centígrados (oC) são:
> açúcar em pó = 400
> amido de milho = 350
> arroz = 450
> cacau 19% gordura = 240
> café instantâneo = 350
> café torrado = 270
> canela = 230
> casca de amêndoa = 210
> casca de amendoim = 210
> casca de arroz = 220
> casca de coco = 220
> casca de noz de cacau = 370
> casca de semente de pêssego = 210
> casca de noz preta = 220
> celoluse = 270; e
> celulose alfa = 300
Para diminuir o risco de explosões, deve-se:
1 - proceder à limpeza frequente do local;
2 - evitar fontes de ignição (solda, fumo, etc.);
3 - manutenção periódica dos equipamentos;
4 - peças girantes devem trabalhar sem pó;
5 - instalar bom sistema de aterramento (eletricidade estática);
6 -nunca varrer o armazém; usar o aspirador de pó;
7 - equipar elevadores, balanças e coletores de alívios contra pressões;
8 - usar sistemas corta-fogo em dutos de transporte, e outros;
9 - cuidados com ventiladores e peças girantes (faíscas); e
10 - manter umidade do local => 50% (ambiente sêco é explosivo).
Recomenda-se, sempre que possível, a VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA, que é a solução ideal. Ela tem como objetivo principal a proteção da saúde do trabalhador, uma vez que capta os poluentes da fonte, antes que os mesmos se dispersem no ar do ambiente de trabalho, ou seja, antes que atinjam a zona de respiração do trabalhador. Os sistemas de controle de particulados para a atmosfera, são compostos basicamente de:
> captores no ponto de entrada ou de captação;
> dutos para o transporte do produto granulado;
> ventiladores industriais para mover os gases; e
> equipamentos de coleta de poeiras (filtros, ciclones, lavadores e outros).
máscara
Alguns fumigantes contêm produtos inflamáveis: dissulfeto de carbono, dicloreto de etileno, fosfina e outros. Fumigantes e pesticidas são um risco habitual para os trabalhadores das unidades armazenadoras de grãos. Normalmente implicam na exposição ao tetracloreto de carbono, dissulfeto de carbono, dibrometano, fosfeto de alumínio e dióxido de enxofre, todos potencialmente perigosos. A foto acima mostra o EPI (máscara) indicado para gases.
A maior parte dos acidentes ocorre nas regiões em que a umidade relativa do ar atinge valores inferiores a 50%, e onde se armazenam produtos de risco como: trigo, milho e soja, ricos em óleos inflamáveis.
Problemas ergonômicos
Os problemas ergonômicos, normalmente, estão associados às reduzidas dimensões do acesso ao espaço confinado (exigindo contorsões do corpo, o uso das mãos e dificultando o resgate em caso de acidente) e ao transporte de grãos ensacados. São eles:
  1.   portinhola de acesso;
  2.   agressões à coluna vertebral;
  3.   lombalgias;
  4.   torções; e
  5.   esmagamento de discos da vértebra.
acesso
A figura ao lado mostra um operário entrando num espaço confinado. A seção transversal, normalmente, é circular mas a da foto é quadrada. Observe que ele leva, pendurado no pescoço, um instrumento para verificar a existência e a concentração de gases perigosos no interior do recinto. O aparelhinho é mostrado em detalhes, à direita. Porta, também, o indispensável capacete e luvas.
A figura esquemática abaixo mostra a forma errada (ou não ergonômica) de levantar peso, à esquerda e a forma correta, à direita.
coluna.gif
Da mesma forma, para transportar sacos...
coluna2.gif


Problemas com os pulmões e os olhos
Alguns grãos armazenados, como o arroz em casca, desprendem uma poeira que pode causar lesão aos olhos ou dificuldades respiratórias.
A soja, por ser uma planta de porte baixo, ao ser colhida com colheitadeira, leva consigo muita terra. Assim, ao ser armazenada, ao movimentar-se, desprende essa poeira, que pode provocar uma doença terrivel chamada silicose ou o empedramento dos pulmões.
Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI's recomendados são:
a) máscaras contra poeiras; e
b) óculos de segurança.
Riscos físicos (ruídos, iluminação, etc.)
Além dos riscos físicos já relacionados anteriormente, juntam-se: a falta de aterramento de motores, o uso de lâmpadas inadequadas e a temível eletricidade estática.
Os EPI's recomendados são:
a) protetores auriculares;
b) óculos ray-ban (para raios ultravioletas) nas fornalhas à lenha; e
c) capacete de segurança.
Acidentes em geral


silos após explosão
Vários tipos de acidente podem acontecer com os trabalhadores de silos e armazéns. Nos silos grandes, como o do croqui abaixo, quando o operário entrar sozinho no seu interior e tentar andar sem o cinto de segurança sobre a superfície dos grãos, aparentemente firmes. Na figura ao lado, pode-se ver o que restou de uma bateria de silos de concreto, após uma explosão em cadeia, que causou prejuizos de monta ao patrimônio.
silo5.gif


equipamento de descida
O interior de um silo é um ambiente hostil. Há necessidade que a pessoa designada para executar qualquer tarefa em seu interior esteja devidamente treinada, orientada quanto aos riscos de acidentes e com boa saúde. Antes de entrar num silo para executar qualquer tarefa, recomenda-se que:
  1. O operário nunca entre sozinho num silo;
  2. Use equipamento de descida (como o da foto menor ao lado);
  3. Tenha permissão prévia do seu superior;
  4. Verifique se há gases e poeiras perigosas;

comunicação
Sempre que houver necessidade, pode-se lançar mão de aparelhos de comunicação, como o da foto, seja para transmitir orientações por alguém que esteja do lado de fora do silo, como quando obstáculos físicos impeçam a sinalização visual entre parceiros.
respirador
Nos casos em que foi constatado previamente (pelo detector de gases mostrado acima) que a atmosfera no interior do silo está pobre em oxigênio, pode-se utilizar o equipamento portátil ao lado, fabricado para esse fim.
ventilação
Em casos extremos, poderíamos utilizar um equipamento externo que fornecesse oxigênio, através da ventilação forçada, com a mangueira que aparece na imagem ao lado.
Sérios acidentes também podem ocorrer no sistema transportador de grãos dos silos (a rosca sem-fim) que, por ser um elemento girante, é muito perigoso.
Equipamentos de Proteção
A Revista Proteção (N.158, fev./05), que trás como reportagem de capa os ESPAÇOS CONFINADOS, relaciona os equipamentos de proteção individual (EPIs), equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e instrumentos mais usados no Brasil para prevenir os acidentes nesses locais. Confira a relação:
EPIs:
  1. Capacete com jugular
  2. Luvas (PVC ou raspa)
  3. Trava-quedas e acessórios
  4. Botas de segurança
  5. Óculos de segurança
    EPCs:
  6. Ventilador/insuflador de ar
  7. Rádio para comunicação
  8. Tripé
  9. Detector de gases e/ou poeiras
  10. Lanternas apropriadas
  11. Sistema autônomo com peça facial
    Instrumentação:
  12. Detector de gases
  13. Cromatógrafo
  14. Explosímetro

sexta-feira, 9 de março de 2012

Cartilha de Segurança do Lar.

Índice:

ELETRICIDADE:
Ter contato com eletricidade , quando se desconhecem os seus princípios, suas causas ,seus efeitos e seus perigos é tarefa que pode ocasionar severos riscos pessoais e materiais.
A eletricidade é conduzida através de condutores (fios) e consumida em nossas casas por eletrodomésticos, na iluminação, etc. Ao fuir, a energia elétrica se desloca de um ponto a outro do circuito, da mesma forma que a água se desloca nos canos: ela é pressionada através dos fios como a água nos canos e os condutores resistem à passagem da corrente da mesma forma que os canos resistem a passagem de água.
A quantidade de energia que se desloca é medida em unidades que chamamos de Amperes. A pressão com que flui a energia nos condutores é medida em unidades que chamamos de Volts. A resistência que se opõe à passagem da energia no condutor é chamada de resistência ôhmica e é medida em Ohms.
Existe uma relação entre estes valores através da Lei de Ohm, que é de fundamental importância para que se entenda o choque elétrico, a causa mais freqüente de acidentes com a eletricidade.
Nosso corpo, embora não seja um excelente condutor de eletricidade, apresenta características de condutor. Quando uma corrente passa através do corpo humano, provoca os efeitos que chamamos de " choque elétrico" .A intensidade do mesmo terá uma gravidade que depende dos seguintes fatores:
  • Intensidade da corrente;
  • Tempo de exposição da pessoa à corrente;
  • Freqüência da corrente;
  • Percurso da corrente no corpo;
  • Sensibilidade individual.
Os efeitos que vão desde o formigamento, passam pela lesão muscular, queimaduras e vão até causar a morte, também são influenciados pela condições ambientais, como umidade, suor, isolamento, etc.
Ao analisarmos as causas dos acidentes com eletricidade, vemos que na maioria das vezes ocorre uma condição insegura e o desconhecimento ou negligência aos princípios fundamentais sobre os fenômenos elétricos.
Entre as condições inseguras citamos os contatos acidentais que causam choques e curto-circuitos. Ocorrem por emendas mal feitas; fios sem isolamento; fios soltos sobre as superfícies de trânsito; equipamentos de baixa qualidade; equipamentos não protegidos. Os contatos defeituosos dificultam a passagem da corrente elétrica e são geralmente causados por soldas deterioradas ou mal feitas, fios amarrados sem cuidados.
As sobrecargas geram calor excessivo nos circuitos e são, geralmente, causadas pela ligação de diversos aparelhos em um mesmo circuito.
Para evitarmos atos inseguros devemos praticar atos seguros:
  1. Evitar tocar em fios sem saber se estão ligados na rede elétrica, muito menos se estiverem desencapados;
  2. Aterrar os equipamentos de maior potência, como geladeira, forno de microondas e ar condicionado: qualquer defeito no circuito elétrico pode conduzir corrente para a carcaça, causando choque;
  3. Revisar as instalações elétricas da casa regularmente por pessoa habilitada;
  4. Evitar benjamins e não ligar vários aparelhos na mesma tomada;
  5. Usar sapatos em casa, de preferência com solado de material isolante, como borracha;
  6. Colocar protetores nas tomadas para prevenir choques em crianças;
  7. Desligar disjuntores sempre que for mexer na rede elétrica da casa, mesmo para trocar uma lâmpada;
  8. Nunca tentar consertar aparelhos elétricos e eletrônicos em casa;
  9. Nunca mexer em conexões e fios de extensão ligados na tomada;
  10. Isolar as instalações do material combustível;
  11. Não usar fusíveis de capacidade acima da indicada;
  12. Não colocar arames ou moedas no lugar de fusíveis;
  13. Nunca deve haver qualquer aparelho elétrico ao alcance de quem se encontra imerso em uma banheira ou piscina ou em banho de chuveiro;
  14. Com as mãos, roupas ou calçados molhados, não mexer em eletricidade;
  15. Crianças não devem soltar pandorgas perto de fios de eletricidade;
  16. Não deixe ventiladores ligados ao alcançe de crianças;
  17. Ao sair de casa verifique se eletrodomésticos, tais como rádios, ar condicionado , aparelhos de som e aquecedores elétricos estão desligados;
  18. Nunca use um fio ligado diretamente na tomada sem a flecha;
  19. Nunca puxe pelo fio ao desligar aparelho da tomada.
  20. A fiação elétrica deve ser embutida em letrodutos (conduítes) ou deve estar fora do alcance de pessoas.
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS:
O fogo surge da combinação simultânea de um combustível (o que queima), o calor e o oxigênio.
Quando uma substância combustível se aquece, em determinada temperatura crítica, ela se inflamará e continuará queimando enquanto houver combustível, temperatura adequada e oxigênio no ambiente.
Os três elementos citados formam o que se chama de triângulo do fogo: se algum deles for eliminado ou isolado dos demais, não ocorrerá o fogo.
O calor pode ser eliminado por resfriamento. O oxigênio por abafamento. O combustível, mantendo-o em um local onde não haja calor suficiente para a sua inflamação.
O fogo gera calor, que pode causar a combustão ou a fusão dos materiais atingidos e danos como trincas e rachaduras nas estruturas.
Na extinção do fogo podemos:
  • ELIMINAR O CALOR: quando o principal agente é a água, podendo ser usada sob a forma de jato pleno, pulverizada ou com jato de água e espuma.
  • ELIMINAR O OXIGÊNIO: quando se provoca o abafamento, cobrindo-se o local com material incombustível como a espuma química, pó químico seco, gás carbônico e agente mecânico.
  • RETIRADA DO MATERIAL COMBUSTÍVEL.
Regras de Prevenção:
01. Não estocar materia junto aos extintores e hidrantes;
02. Não sobrecarregar instalações elétricas;
03. Apagar fósforos e cigarros antes de jogá-los fora;
04. Transportar e guardar líquidos inflamáveis em recipientes apropriados, inquebráveis e tapados;
05. Não jogar líquidos inflamáveis em esgotos, ralos, etc;
06. Armazenar o botijão de gás em local fresco e ventilado;
07. Ao sentir cheiro de gás, não acenda a luz, nem fósforos. Abra todas as portas e janelas e remova o botijão para um local ventilado.
08. A válvula de comando do fogão à gás só deve ser aberta depois de aceso o fósforo;
09. Ao utilizar o forno verificar se não existe gás acumulado por vazamento;
10. Ao se ausentar da casa, deixe a válvula do botijão fechada;
11. Não amolecer cera de assoalho no fogo;
12. Não fabricar cera líquida em casa acrescentando gasolina ou solvente.
PRODUTOS QUÍMICOS:
Grande número de produtos químico são utilizados no lar, tornando-se necessário o conhecimento dos efeitos dos mesmos para que se evitem danos à saúde:
A) FATORES QUE AUXILIAM O SURGIMENTO DE DOENÇAS:
  • tempo de exposição: quanto maior a exposição de uma pessoa aos produtos químicos, maiores as possibilidades deste produto causar danos à saúde.
  • concentração do agente: quanto maiores as concentrações dos agentes, maiores são as chances de alterarem a saúde.
  • toxicidade: algumas substâncias são mais tóxicas que outras, se comparadas a uma mesma concentração.
  • forma com que o contaminante se apresenta: se é um gás, um líquido, vapor, etc. Isto tem relação com a forma de entrada deste tóxico no organismo.
  • susceptibilidade individual: algumas pessoas são mais sensíveis que outras a determinados agentes químicos .
B) VIAS DE ABSORÇÃO DE MATERIAIS:
  • 01) Por inalação: quando se está em ambiente contaminado ,pode-se absorver a substância nociva pela respiração.
  • 02) Pela pele: certas substâncias podem entrar no organismo pela pele, mesmo que o ocontato seja breve, mesmo sem ferimentos.
  • 03) Por ingestão: esta via de penetração ocorre ou por refeições em locais contaminados ou por não ser realizada higiene das mãos antes das refeições.
C) EFEITOS NO ORGANISMO:
  • IRRITAÇÃO dos olhos, nariz, garganta, pulmões ou pele, geralmente causada por produtos na forma de gás ou vapor, como vapores deácidos, amoníaco, solventes (thinner), cimento, poeiras, etc.
  • ASFIXIA que ocorre por deficiência de oxigênio no organismo. São exemplos de asfixiantes o monóxido de carbono(onde tem fumaça ele está), dióxido de carbono, acetileno, metano, etc.
  • ANESTESIA que é provocada por certos gases ou vapores que, após inalados, causam sonolência ou tonturas. Exemplos: éter etílico, acetona, triclo-rotetileno, clorofórmio, etc.
  • 04. INTOXICAÇÕES que podem ser agudas ou crônicas. O benzeno, por exemplo, pode causar aplasia de medula e leucemia. O tricloroetileno lesões no fígado e rins.
D) PREVENÇÃO:
  • seguir sempre a orientação adequada no manuseio destes produtos.
  • Inseticidas devem ser mantidos em locais próprios, longe de alimentos, fora do alcance de crianças e identificados com rótulos visíveis.
  • Evitar usar inseticida sob a forma de vapor, aerosol ou fumaça em ambientes fechados com a presença de pessoas. Aerosóis usados perto do fogo podem explodir.
  • Usar raticidas somente em locais isolados, distante de animais domésticos e pessoas. Somente liberar o acesso ao local após limpeza do ambiente.
  • Fumaça e gases provenientes da queima de borracha, plástico, cloro, solventes, detergentes, papel, etc. contém substâncias tóxicas. Eliminar a fonte da fumaça e ventile o ambiente.
  • Não guardar produtos como soda cáustica, querosene, detergentes, álcool, água saniária, thinner, amoníaco e desinfetantes em geral embaixo da pia, tanque ou na parte baixa de armários, pois são locais de fácil acesso para crianças.
  • Não reutilizar embalagens de produtos de limpeza. 08) O uso de qualquer medicamento deve ser feito com orientação médica. Guardar fora do alcance de crianças. Os psicotrópicos (tranqülizantes, hipnóticos, etc) devem ser trancados.
  • Não ligar o automóvel em garagem fechada.
  • Evitar a permanência de pessoas perto da descarga de veículo.
  • Manter plantas tóxicas em locais inacessíveis a crianças.
  • Não manter produtos tóxicos em garrafas de refrigerantes ou embalagem de guloseimas.
  • Não comprar enlatados cujas embalagens estejam velhas, estufadas ou enferrujadas.
COZINHAS:
Junto com banheiros e escadas são os locais mais perigosos no lar.

a) Crianças não devem permanecer na cozinha.

b) Não transportar vasilhames com água quente da cozinha para o banheiro. Misturar a água na própria cozinha, pois sempre há o risco de esbarrar em alguém ou algo, se queimar ou queimar outras pessoas.

c) Posicionar-se corretamente diante do fogão: não expor o rosto a vapores dos líquidos ou frituras.

d) Nunca usar frigideiras, panelas ou outros com o cabo solto.

e) Os cabos das panelas devem estar posicionados para a parte de dentro do fogão, evitando que elas caiam sobre seu corpo.

f) Usar sempre um mexedor de frituras com o cabo longo.

g) Evitar salpicar água sobre o óleo fervente.

h) A panela de pressão é um equipamento delicado. O vapor interno provoca queimaduras e até explosão. A panela só pode ser aberta após resfriada.

i) Facas, chaves de fenda e assemelhados, não devem ser utilizados como abridor de latas.

j) Quando objetos de vidro, porcelana, lâmpadas quebrarem, reúna imediatamente os cacos e coloque-os em local apropriado, evitando deixá-los espalhados.

l) Facas afiadas e outros objetos perfurantes devem ser guardados em local apropriado, fora do alcance das crianças.

m) Nunca trabalhar na cozinha com bebê no colo.
ARMAS DE FOGO:
a) Não deixar armas de fogo ao alcance de crianças.

b) Não se exercitar com armas fogo na presença de crianças.

c) Residindo em local de risco, condicionar crianças a se jogar no chão permanecendo quieta, em circunstâncias de tiroteio.

d) Só fazer limpeza de arma de fogo em oficina especializada.

e) Ao guardar arma de fogo, retire a munição.
AFOGAMENTOS:
a) Em piscinas e riachos deve-se estar sempre atento ao movimento de crianças.

b) Colocar bóias nas crianças que não sabem nadar.

c) Quando a profundidade for superior à altura das crianças, não permitir que elas andem agarradas nas bordas sem que estejam devidamente protegidas.

d) Fossas abertas também oferecem risco de acidentes.

e) Não deixar banheira, tanque ou tonel cheios de água descobertos e ao alcance de crianças.

f) Não permitir que crianças com menos de dois anos usem banheiras na ausência de adulto.

g) Utilizar redes protetoras de piscinas, todas as vezes que a mesma não estiver em uso.

h) Ao utilizar pequenas embarcações, usar salva-vidas.
ANIMAIS DOMÉSTICOS:
a) Vacinar animais domésticos, como cães e gatos, anualmente.

b) Condicionar crianças a não provocar cães e gatos.

c) Condicionar crianças a não brincar com cães e gatos desconhecidos.

d) Em caso de dúvidas sobre a contaminação com o vírus da raiva, manter o animal sob observação por dez dias.

e) Se animal apresentar sintomas da raiva, fugir, ou morrer, providenciar, imediatamente, o tratamento anti-rábico da vítima.
ANIMAIS PEÇONHENTOS:
a) Evite andar em áreas de matagal, lixo acumulado, restos de material, pois os animais ditos peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões, gostam de se esconder em tais locais.

b) Mantenha o espaço ao redor da casa sempre limpo e se por necessidade precisar andar em áreas de matagal, usar calçados fechados, ou, de preferência, botas de couro de cano longo.

c) Evitar cultivar bananeiras ou folhagens muito próximo da residência.

d) Ao entardecer, hora que escorpiões e aranhas entram em residências proteger as frestas de janelas e portas com sacos de areia longos e de pequeno diâmetro.

e) Ao mexer com folhas, lixo, palha ou lenha, usar luvas de couro.

f) Onde tem ratos, tem cobras. Fechar buracos em muros,portas e janelas.

g) Enterrar o lixo.

h) Ao calçar sapatos ou botas em locais onde existem cobras, ver se não tem uma dentro.
ALTURAS:
a) Tenha cuidados ao fazer a limpeza em janelas de vidro situadas em altura perigosa. Nunca suba ou se debruce sobre a janela e evite expor o corpo correndoriscos de queda. Não deixe que objetos móveis fiquem próximos de janelas nem esqueça de colocar grades ou redes de proteção.

b) Quando precisar subir em altura desejada, não improvisar com caixotes, bancos, pias, lavanderias, vasos sanitários, bidés, beliches e assemelhados. Use uma escada, que é um instrumento de grande utilidade no lar. Antes, verifique se a mesma está em boas condições de uso. Cuidar o piso onde ela vai ser instalada.
SUFOCAÇÃO:
a) Selecionar os brinquedos da criança, para que não apresentem partes quebráveis ou destacáveis, que possam caber na boca da criança.

b) Evitar que a criança brinque com pequenos objetos que possam ser engolidos, aspirados ou introduzidos no nariz ou nos ouvidos.

c) Impedir que a criança brinque com sacos plásticos ou com talco, para evitar sufocação ou aspiração.

d) Condicionar a criança para não levar brinquedos e pequenos objetos à boca.
EDIFICAÇÕES:
a) PISOS E PAREDES:
Não devem apresentar saliências nem depressões, para não prejudicar a circulação de pessoas. Os pisos, corredores e passagens com risco de escorregamento deverão ser revestidos com material anti-derrapante.
Os pisos e paredes, sempre que possível, devem ser impermeabiliza dos e protegidos contra a umidade.

b) RAMPAS:
Devem possuir largura mínima de 0,80 m, com inclinação máxima de 15° e terem corrimão a 1,00m de altura, a contar do piso da rampa. O piso das mesmas deve ser de material anti-derrapante.

c) ESCADAS:
Devem ser construídas com largura mínima de 0,80m, e, quando ultrapassar 2,5 m de altura, deverá possuir um patamar no meio, com dimensões mínimas de 0,80m por 0,80m. Os degraus devem conservar a proporção conveniente em que o piso do degrau não seja menor que 0,27m, o espelho do degrau não deve ter altura superior a 0,18m e o piso deve ter material anti-derrapante. Corrimão a 1,00m de altura do piso e a inclinação deve ser de 30°a 35°.

d) MEZANINO:
É o pavimento intermediário, resultante da subdivisão vertical de ambientes, deve ter pé-direito não inferior a 2,50m, acesso por escada permanente e possuir guarda-corpo.

e) FORNOS:
Devem ser sólidos, revestidos de material refratário, tendo nas faces externas, material de baixa emissão de calor como pintura em cor alumínio. Instalação em local adequado que evite acúmulo de gases e altas temperaturas.
QUEIMADURAS:
a) Testar sistematicamente a temperatura da água, antes do banho do bebê.

b) Não deixar fósforos, isqueiros, lamparinas, velas e candeeiros acesos ao alcance da criança.

c) Não deixar substâncias combustíveis, como álcool, éter, gasolina, que rosene e outros ao alcance da criança.

d) Proibir as crianças menores de oito anos de acender o aquecedor do banheiro ou outro aparelho a gás.

e) certificar-se que a criança com mais de oito anos sabe acender e apagar corretamente o aquecedor a gás.

f) Condicionar a criança a não bricar com fogo, fogos de artifício e combustíveis.

g) Praticar com as crianças exercícios simulados de evacuação do prédio em chamas.
ELEVADORES:
a) Ao ter acesso a elevadores, verifique se o mesmo está em seu andar, não sobrecarregue o mesmo e, caso apresente algum defeito, interdite-o;

b) Realizar manutenção preventiva.
FERIMENTOS:
a) Evitar, sempre, bricadeiras com objetos cortantes e perfurantes, procurando manuseá-los com cuidados. À proporção em que as crianças crescerem, ensinara usar adequadamente tais objetos.

b) Sendo necessário reutilizar latas vazias, eliminar suas partes cortantes e as latas que estejam enferrujadas.

c) Evitar carregar objetos que impedem a visão.

d) Colocar grades protetoras em janelas, varandas e terraços de apartamentos e nas partes elevadas das casas.

e) Bloquear escadarias com obstáculos para as crianças menores.

f) Não deixar objetos e ferramentas cortantes, contundentes, penetrantes e abrasivas ao alcançe das crianças.

g) Condicionar a criança a não se expor a riscos de quedas de móveis, escadarias ou brinquedos em play-grounds.
BANHEIROS:
a)Chuveiros elétricos devem ter aterramento.

b)Aquecedores a gás colocados dentro do banheiro é uma conduta de risco, pois pode ocorrer vazamento de gás ou pode haver consumo do oxigênio da peça, ambas as situações fatais para o ser humano.
MANUSEIO, LEVANTAMENTO, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS:
O levantamento manual de cargas deve ser feito de modo correto, para que sejam evitados danos à saúde. Verificar, sempre, o tamanho, forma, peso e distância a ser percorrida pelo carregamento.

Ao erguer um peso, a pessoa deve se abaixar flexionando os joelhos até em baixo, sem curvar a coluna. Se o objeto for volumoso e pesado, deve-se trazê-lo junto ao tronco. Se for possível, ao invés de carregar, colocar em carrinho.

Ao elevar um peso, colocar ou retirar de prateleira ou armário, se tiver que elevar o peso acima da cabeça, haverá agressão à coluna cervical e lombar: deve-se apoiar o peso no corpo e subir em uma escada ou banquinho para depositar o peso adequadamente.

Quando realizar atividade com os braços elevados, como pendurar roupa no varal, deve-se manter os braços na altura dos ombros ou, no máximo, na altura da cabeça, utilizando uma escada ou banco para evitar a hiperlordose (flexão para frente) lombar.
TRABALHOS DOMÉSTICOS:
Ao se trabalhar sobre mesa ou balcão, evitar ficar com o tronco totalmente inclinado: a mesa ou balcão devem ter a altura suficiente para não exigir a inclinação. Ao se utilizar da pia, lavar roupa ou quando ficar muito tempo em pé, aconselha-se o uso de um banquinho ou um apoio que permita a colocação alternada dos pés o que evita fadiga excessiva.

Ao fazer a cama, inclinar-se curvando os joelhos. Ao varrer, passar aspirador de pó, evitar "torcer" a coluna para apanhar algo que ficou atrás.

Ao realizar atividades de jardinagem, agachado, procurar flexionar os joelhos, mantendo as costas retas e, se for possível, apoiar uma das mão nos joelhos. Outra alternativa é ajoelhar-se sobre uma das pernas e apoiar o tronco sobre uma das coxas alternandamente.

Ao sentar, o encosto da cadeira deve ser amplo e reto ,dando apoio à coluna. Deve existir mecanismo de ajuste da altura da cadeira, ou colocação de apoio para os pés .As pernas devem permanecer embaixo da mesa e os braços devem ficar juntos ao corpo. Nas refeições, não se curvar sobre a mesa e procurar apoiar os pés no chão.

Assitir televisão, de preferência, sentado em cadeira ou poltrona que permita manter a coluna bem acomodada. Ver deitado só se a televisão estiver colocada bem no alto.

Para realização de trabalhos manuais, como tricô, utilizar uma cadeira que tenha apoio para os braços ou, então, fazer sobre uma mesa, evitando permanecer como braços estirados, tensionando a musculatura cervical e dorsal.
HOBBIES:
a) Tesouras devem estar sempre bem afiada e os serrotes travados sufucientemente para desenvolver um trabalho seguro;

b) Formão deve estar bem afiado e bem presos no cabo;

c) Martelos com orelhas perfeitas, batente plano, cabo sem aspereza e/ou rachaduras e bem fixado no martelo;

d) Alicates nunca devem ser usados como martelos ou chaves. Seus cabos devem estar protegidos com material isolante, quando para uso em eletricidade;

e) Chaves Estrela e de Boca não devem ter deformações nas aberturas e devem ajustar-se perfeitamente no parafuso ou porca a ser acionado. Nunca prolongar a chave com um cano;

f) Chave Inglesa e Grifo devem ser ajustadas e nunca prolongar os cabos com canos. Devem girar, sempre no sentido em que aprisionam a peça.

g) Ferramentas Portáteis Elétricas.