CÂNCER: DIVISÃO ANORMAL DE CÉLULAS
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) são 19 os tipos de câncer que podem ser ligados ao trabalho. Entre os principais estão os de pulmão, pele, laringe, bexiga e as leucemias. Os profissionais em risco vão desde cabeleireiros até pilotos de avião. A situação torna-se complexa porque alguns cânceres tem um período longo de latência (entre 20 e 50 anos), enquanto que outros (do sangue) tem um período menor (4 5 anos). Além disso, o risco aumenta quando há interação do agente de risco ocupacional e outras substâncias (fumo, alcoolismo).
Entre os postos de trabalho com as maiores incidências da doença estão os relacionados à construção civil e à indústria petroquímica. Outras atividades:
•Indústria do alumínio
•Fabricação e reparo de calçados/ couro
•Indústria de Móveis e Marcenaria
•Tratamento do couro
•Fundição de ferro e aço
•Indústria da borracha
Segundo um Trabalho publicado na Internet de Victor Wunsch e Fátima Ribeiro, pesquisadores da UERJ e da USP, a mensuração da exposição a agentes cancerígenos nos ambientes de trabalho é uma tarefa complexa, pois, habitualmente configuram-se situações ambientais com múltiplas exposições. Por outro lado, o câncer é doença com longo período de latência, assim, a avaliação retrospectiva da exposição requer instrumentos que recuperem informações sobre as experiências do indivíduo em passado distante ao do diagnóstico da doença.
Segundo os autores, A Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (International Agency for Research on Cancer – IARC) da Organização Mundial da Saúde reconhece atualmente 88 agentes, grupos de agentes ou circunstâncias, como cancerígenos para os humanos, dos quais 23 são encontrados principalmente em ambientes ocupacionais e 13 constituem-se em processos de trabalho.
Abaixo um Quadro com alguns agentes cancerígenos e condições para potencialização:
O maior problema em relação aos agentes de risco nos ambientes de trabalho, não só os cancerígenos, tem sido o tempo de exposição e o desconhecimento do trabalhador dos riscos bem como das regras para uso de equipamentos de proteção. Na maioria desses ambientes predomina o excesso de jornada bem como a falta de treinamento e qualificação de trabalhadores para a sua própria proteção. Além disso, há uma progressiva banalização e falta de alertas em relação à convivência com agentes de risco cancerígenos, seja no trabalho seja no próprio ambiente doméstico.
Um outro fenômeno recente é que aumenta o risco de câncer ocupacional nas mulheres, que estão entrando no mercado de trabalho onde são comuns os agentes de risco cancerígenos (postos de combustíveis, construção civil e mecânica).
Os agentes de risco considerados cancerígenos encontram-se na NR-15 (INSALUBRIDADE). Esta NR trata dos riscos graves nos ambientes de trabalho
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